Em quais casos a ênclise no verbo infinitivo impessoal se torna opcional?
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No português do Brasil, na norma-culta, a ênclise é obrigatória apenas quando a próclise for inviável, o que ocorre quando o verbo começar a frase (“Vender-se ao tráfico traz muitos danos.”) ou suceder uma vírgula (“Já que você é culpado, entregar-se é o devido.”). Salvo esses casos, a ênclise se torna opcional, haja vista que a próclise é admitida em presença ou ausência de fatores de próclise (no Brasil).
Relembrando, fatores de próclise são palavras que, antecedendo ao verbo, “atraem” a partícula do pronome oblíquo átono (e.g. “me”, “te”, “se”). São fatores advérbios não separados por vírgula, pronomes demonstrativos, indefinidos e relativos, conjunções e estrutura de “em + verbo no gerúndio” ou de orações exclamativas/interrogativas (verbo não começando oração/frase). Ex.: “Não se iluda, para que não se frustre.” (e não “Não iluda-se (...)”).
Relembrando, fatores de próclise são palavras que, antecedendo ao verbo, “atraem” a partícula do pronome oblíquo átono (e.g. “me”, “te”, “se”). São fatores advérbios não separados por vírgula, pronomes demonstrativos, indefinidos e relativos, conjunções e estrutura de “em + verbo no gerúndio” ou de orações exclamativas/interrogativas (verbo não começando oração/frase). Ex.: “Não se iluda, para que não se frustre.” (e não “Não iluda-se (...)”).